Neste artigo, compartilho com você um todas as informações que você precisa saber sobre o planeta Plutão. Confira aqui todas as informações sobre Plutão nos signos.

Descoberto em 1930 quando transitava pelo sigo de Câncer, ele leva de 16 a 20 anos para mudar de signos e, portanto, traz muitas informações geracionais. Plutão está no signo de Capricórnio desde 2008 trazendo todo um aprendizado sobre estruturas e o que nos mantém (ou não) de pé. Em Março de 2023 ele passa para o signo de Aquário.

Muito distante da Terra, Plutão é considerado um planeta anão. Aliás, para a astronomia, justamente por conta de seu tamanho, Plutão perdeu o posto de planeta, sendo considerado hoje um asteróide. Ele é denso, composto por rocha e gelo. Para a astrologia, iremos considerá-lo planeta.

Seu glifo é marcado pelo círculo do espírito encarnado na matéria com o receptáculo da lua voltado para cima e a cruz da matéria. Este receptáculo é relacionado ao aprendizado que recebe, mas também às questões do passado da lua e forças lunares que podem levantar questões cármicas. Ele representa a receptividade espiritual e a consciência iluminada acima da capacidade mundana.

Plutão leva de 16 a 20  anos em cada signo e tem vários momentos retrógrados ao longo desta grande jornada. Por conta disso, leva em média 248 anos para fazer sua volta completa e passar por todos os signos do zodíaco.

Plutão na Astrologia

Planeta regente do signo de Escorpião na astrologia contemporânea, Plutão representa as grandes mudanças de eras geológicas e das espécies, as profundezas da matéria, o mundo atômico, a conquista do espaço, do laser e da cirurgia do coração.

Seus efeitos aparecem de forma inesperada assim como Urano e Netuno, mas contrariamente a estes dois, sua influência é, na maior parte das vezes, benéfica pois vem junto com um elemento de justiça.

Para a astrologia analítica, Plutão é o príncipe das trevas, símbolo das profundezas e das sombras da nossa psiquê. Justamente por isso, é conhecido de forma popular como o planeta da transformação, do renascimento e da morte.

Plutão no mapa nos convida a um alhinhamento do “eu” e à busca de verdades profundas do ser.

Também pode representar um lugar que armazenamos memórias subconscientes do passado – dores e mágoas – que precisamos nos purificar. Uma boa integração de Plutão nos convida a reflexões profundas sobre o ego ou, como diria Carl Jung “a primeira metade das nossas vidas é dedicada a formar um ego saudável, a segunda metade é dedicada a se voltar para dentro e se livrar dele”.

A palavra-chave de Plutão é a destruição.

Na Mitologia grega, é representado por Hades.

Plutão é o planeta da transformação, do Renascimento e da Morte. Sua frase é eu mudo e ele representa a vontade universal.

O lugar onde Plutão toca no mapa fala sobre onde iremos nos regenerar e nos transformar. A casa onde temos Plutão, representa nossa habilidade de sermos fortes (de acumular feridas), aparentando que estamos bem e firmes neste lugar. Sofremos sozinhos porque não queremos nos vulnerabilizar. Ele também mostra uma capacidade de nos regenerar, de lidar com nossas emoções poderosas e um lugar que armazenamos memórias subconscientes do passado (dores e mágoas) que precisamos nos purificar.

Hades – Imagem e créditos não identificados

Plutão mostra que temos medo do que está por vir, mas no fundo tudo o que queremos é ser quem verdadeiramente somos. No mapa, ele traz também assuntos difíceis de lidar (segredos, mortes, assuntos de família, assuntos que queremos esconder).

Plutão marca a impermanência das coisas, trazendo situações limites e forças para além da estrutura subjetiva, que emana de dentro de nós. É a força que gera o mundo e que também desconstrói a matéria. Plutão nos dá a consciência de que podemos nos desapegar daquilo a que nos associamos. Plutão nos desliga de tudo isso. Tudo tem começo, meio e fim. Por isso ele diz: desapega.

Plutão também mostra onde pode haver uma máscara de que “está tudo bem” quando na verdade não está (por ser o local que pode nos levar a grandes purificações). Ele nos leva à morte do ego e à sensação dos ciclos, dos começos, dos fins e dos novos começos. O planeta também pode representar uma pessoa que não pede desculpas, que não se vulnerabiliza e que não se rende, vivendo eternamente com a  máscara de que está tudo bem. Pode também representar uma pessoa  controladora que não solta porque é orgulhosa. Ou ainda que não aceita os fins e as mortes simbólicas das partes que não nos servem mais.

Plutão nos convida a confiar na vida. São nossas memórias congeladas que temos dificuldade em ressignificar e que ficam entre o consciente e o inconsciente e que a gente não quer mexer. Plutão nos mostra o desagradável, os mistérios da nossa alma, os segredos profundos que guardamos dentro de nós, segredos de família, segredos de Estado. Ele pede que a gente se permita e confie em ser guiado misteriosamente por uma consciência superior para que a gente possa liberar questões do passado.

Ele faz oposição a Touro que vive na concretude e que tem dificuldade de digerir (Escorpião não digere, só finge que está tudo bem e coloca pra debaixo do tapete).

A casa onde temos Plutão é um lugar que temos memórias do passado não resolvidas, enlameadas. Podemos aparentar  poderosos, mas precisamos lidar com os assuntos do submundo humano. Quando temos Plutão ascendente ou no meio do céu, esse posicionamento mostra que estamos com ele bem localizado e ele não se rompe, sabemos lidar com ele.

Plutão Retrógrado no mapa

Pode representar uma pessoa que tenha medo de ter prazer na vida e dificuldade em fechar ciclos. Essa pessoa terá que lidar com mortes como resgates de outras vidas. Pode trazer também dificuldade em se entregar para temas introspectivos. Pode ser mais resistente a se entregar às transformações da vida e a confiar na intuição.

Plutão em falta

Faz a gente negar o fim dos ciclos, negar a intuição do submundo, negar as mudanças, negar as guianças internas e as mortes.

Também pode marcar pessoas que têm medo do escuro e que não gostam de entrar em águas que não conseguem ver.

Plutão em excesso

Pode trazer uma máscara de poder, fazendo com que sejamos resistentes fisicamente e emocionalmente. Pode trazer também uma forte busca por status sociais (cargos, posses) e nos deixar em uma posição manipuladora como forma de defesa pra nos sentirmos amadas.

Pode nos fazer sermos apegadas, ciumentas, possessivas e materialistas. Também pode trazer a falta de amor próprio, de senso de merecimento, de conexão com nossos valores (Vênus). Tem a necessidade de ir até o profundo, até a última instância, como um elástico que arrebenta depois de uma crise profunda da alma.

Como equilibrar?

Uma pessoa muito plutônica precisa trabalhar sua Vênus, precisa ir pra Terra, precisa ser amorosa e aproveitar o prazer. Quanto mais a gente tem prazer, mais a gente aceita a guiança da vida, mais a gente solta (deixa de reter), como um intestino preso.

As perguntas que Plutão nos faz:

  • O que você precisa liberar da sua vida para deixar fluir?
  • Você tem medo do escuro?
  • Como são suas questões com o intestino?
  • Você sabe pedir ajuda ou acredita que só você é capaz de sentir a profundidade da sua dor?

Plutão na mitologia

HENDRICK GOLTZIUS, PLUTO. 1594. National Gallery of Canada.

Plutão é um dos deuses que se liberta das entranhas de seu pai Saturno e passa a fazer parte do panteão de deuses para assumir o poder do universo.

É o similar romano de Hades, o deus grego dos abismos profundos da morte. O mundo dos mortos no interior da terra foi a região que lhe coube governar, mesmo contra a sua vontade. Ele era um deus sombrio, irritadiço e pouco admirado, talvez por estar inconformado com o reino que lhe restou.

Viajava pelo mundo em um carro da noite puxado por apavorantes cavalos negros, guardando as chaves do inferno, até que um dia seu coração se abriu para Prosérpina, filha de Júpiter e Ceres. Foi amor a primeira vista provocado por uma seta de Cupido, a ponto de Plutão raptá-la e a levar para o seu sinistro reino de sombras.

As primeiras menções a Prosérpina a relacionam à agricultura e germinação, mas quando passam a identificá-la com a Perséfone grega, a deusa assume o papel de rainha do inferno. Por outro lado, o deus que cuida dos mortos também está relacionado à magia que faz as plantas germinarem e crescerem, à riqueza e aos tesouros ocultos nas profundidades do subsolo.

Mais relacionado à mitologia grega, a descrição do submundo de Plutão (Hades) menciona o barqueiro Caronte, criatura sobrenatural que transportava as almas dos mortos pelo rio Aqueronte até a entrada do inferno. Pelo serviço ele cobrava uma moeda e quem não a possuísse ficava vagando para sempre pelas margens do rio. Por isso era costume se depositar uma moeda na boca ou nos olhos do morto para garantir a sua última viagem ao além.

Para guardar a porta do reino dos mortos existia um monstro de nome Cérbero descrito como um cão de três cabeças. Outra lenda acrescentava uma serpente no lugar da cauda e mais outras serpentes no dorso. Uma outra versão o descreve com até cem cabeças raivosas que aterrorizavam os recém chegados. Foram poucos os templos erguidos para a sua veneração, possivelmente em parte por medo de que o povo de Roma caísse em desgraça nas guerras, na produtividade e prosperidade. Plutão era um deus a ser temido porque mais cedo ou mais tarde, acreditava-se que, querendo ou não todos iriam estar frente a frente com ele.

Plutão nos signos

Plutão (Foto: NASA/JHUAPL/SwRI)

Por ser um planeta lento, falaremos dos posicionamentos de Plutão a partir de 1914 até os dias atuais.

Plutão em Câncer (1914-1939)

Plutão em Leão (1939-1957)

Pessoas desta geração sabem lidar bem com a morte e com as transformações por serem benevolentes e otimistas. São originais, criativas e inventivas.

Plutão em Virgem (1957-1971)

As transformações plutônicas acontecem no ambiente de trabalho, no campo e na agricultura, no dia a dia ee no setor tecnológico em geral. Isso gera profundas mudanças em tradições, hábitos e costumes.

Plutão em Libra (1971-1983)

Quem tem Plutão em Libra sabe pesar na balança o lado bom e o lado ruim de tudo para fazer boas escolhas, sendo capazes também de olhar e corrigir seus próprios erros e falhas.

Plutão em Escorpião (1983-1995)

Esta é a geração da intensidade. São pessoas normalmente governadas por suas emoções, mas que também têm sabedoria para entender (e perdoar) o outro.

Plutão em Sagitário (1995-2008)

Plutão em Sagitário vive as transformações através da aventura, das experiências e da filosofia de vida. Estas transformações são originadas pelo desejo de criarem uma extensão de si mesmos.

Plutão em Capricórnio (2008-2024)

Plutão é o planeta da transformação e perdão, do renascimento e da morte. Onde ele toca, nos convida a mudar, a nos regenerar, a transformar. Ele mostra que temos uma incrível capacidade de lidar com nossas emoções poderosas e que também temos dores e mágoas do passado que precisam ser purificadas.

Capricórnio, por sua vez, nos mostra que é preciso perseverar naquilo que acreditamos e construir bases sólidas para subir ao cume. Ele traz seriedade e maturidade reconhecendo nossos esforços. Capricórnio fala sobre estruturas e, portanto, quando Plutão passa por ali, nos faz refletir sobre aquelas que precisam ter um fim.

Plutão nos traz o movimento dos começos, dos fins e dos novos começos. É hora de confiar no invisível.

Plutão trazendo mortes e transformações para estruturas, marca:

  • A pandemia
  • A morte da Rainha da Inglaterra

Plutão em Aquário (2024-2044)

Plutão ingressa pela primeira vez em Aquário em 23 de Março de 2023. Tempos depois, fica retrógrado e acaba voltando para o signo de Capricórnio, trazendo novos ensinamentos por ali. Ele entra oficialmente e definitivamente em Aquário definitivamente em novembro de 2024.

A última vez em que Plutão passou por Aquário foi entre 1778 e 1798.

Este posicionamento prevê grandes e inúmeras transformações na sociedade, sobretudo no que diz respeito à tecnologia, inovações e descobertas, trazendo grandes saltos para a humanidade.

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